Descrição
O De Deposito fidei também custodiando, é um dos sete esquemas do Concílio Vaticano II aprovado em julho de 1962 por João XXIII, mas nunca levado para a sala. O abandono desses esquemas que, de acordo com os regulamentos, deveriam ter formado a base da discussão, marcou uma importante virada na história do Concílio Vaticano II.
O Concílio considerou mais urgente apresentar a fé da Igreja de uma maneira nova, do que reafirmá-la claramente contra os erros que se opunham a ela. Os textos promulgados pretendiam ter um significado "pastoral" e não doutrinal, mas a consequência, nos anos seguintes ao Concílio, foi o obscurecimento da doutrina da fé, a tal ponto que Bento XVI, em 2012, um ano antes sua renúncia, afirmou que "em vastas áreas da terra, a fé corre o risco de se extinguir como uma chama que já não encontra alimento. Estamos perante uma profunda crise de fé, uma perda do sentido religioso que constitui o maior desafio para a Igreja hoje.».
O dogmático esquema constitucional sobre a salvaguarda da integridade do depósito da fé, vendo a crise iminente, considerou necessário e urgente redescobrir o ensinamento tradicional da Igreja e condenar os erros a ele opostos, e abriu-se recordando as palavras de S. Paul ao seu discípulo Timóteo: "manter o depósito; evita a tagarelice e objeções profanas da dita ciência, professando que alguns se desviaram da fé»(1 'Tm. 6, 20-21).
Por isso, embora nunca tenha sido promulgado, o esquema do Depósito da Fé constitui um documento do Concílio Vaticano II que hoje conserva toda a sua força e atualidade e merece ser relido e aprofundado. O texto completo em latim é apresentado pela primeira vez com uma tradução italiana, precedida de uma introdução do prof. Roberto de Mattei.
Roberto de Mattei, presidente da Fundação Lepanto, lecionou História Moderna e História do Cristianismo em várias universidades italianas.
Detalhes
Autor: Roberto de Mattei
Ano de edição: 2017
Páginas: 147
ISBN: 978-88-86387-15-6